O que seria de um cinéfilo sem a primeira vez na sala escura?
Como total adepta, quase uma seguidora cega, do cinema de cultura pop, o bom e velho blockbuster, entrei neste mundo pela porta da frente. O primeiro filme que vi no cinema merece uma reverência. Assim, como a madrinha que a ele me levou. Não tenho dúvidas do quanto aquele passeio significaria em minha vida. Muito do que somos, querendo ou não, é formado pelas referências cinematográficas que temos. Exagero? Talvez, mas que a sétima arte faz parte da formação e da concepção de mundo que minha geração tem, ah, isto faz.
Era 1978. Superman em cartaz, foi no finado Studio Center, um cinema de galeira, de Santo André, com carpete vermelho e tudo, que aprendi a amar o cinema americano acima de todos os outros.
Ainda não alfabetizada, o filme era legendado - absorvi cada fragmento de película como parte de algo muito maior que existia no mundo. Com paciência de Jó, a madrinha narrou o filme todo para a afilhada...
Chegamos um pouco atrasadas, foi passeio de última hora, decidido na mesa do almoço, mas a perda da cena inicial com Marlon Brando despachando Kal-El foi compensada porque aproveitamos o começo da seguinte. Naqueles tempos não se infiltravam agentes do FBI até nos banheiros para cortar o barato de quem tentasse aproveitar mais um pouco do filme na exibição seguinte.
Enfim, saímos da segunda sessão logo após Kal-El garotinho levantar o carro para o pai adotivo trocar o pneu. Era só para conferir o que perdemos mesmo.
Lembrar de tantos detalhes de evento acontecido há muito tempo atrás em uma galáxia muito distante é revelador para alguém com imensa dificuldade de lembrar do passado - especialmente das coisas legais.
Grande clássico, Christopher Reeve. Lois Lane.
Coincidências ou influências, a verdade é que me tornei jornalista, como aquela que é a personagem feminina mais legal que conheço. Superman é meu herói favorito e Reeve um grande ídolo.
Cinema se infiltou nas veias e cultura pop é hoje coisa que adoro e consumo como louca.
Se é tudo culpa daquela primeira vez? Tudo não. Mas em partes....
Somos nossa própria coleção de bons momentos.
Superman 2001 Trailer
Enviado por davbenmussa. - Temporadas completas e episódios inteiros online.
Olá, Ka!
ResponderExcluirConcordo com você quando diz que os filmes que assistimos nos transformam. Ou talvez os escolhamos pela nossa personalidade - o que não faria sentido neste caso específico que você narra.
Mas, diferente de você, infelizmente nunca assisti Superman no cinema. Assisti na grande tela apenas o fiasco que foi Superman IV. Mesmo assim, já absorvi o personagem em todas as mídias possíveis, assistindo-o na TV, comprando o box de DVDs com os filmes, os box de Lois&Clark e Smallville, histórias em quadrinho etc.
Sou da geração em que os super-heróis possuíam princípios e eram íntegros acima de tudo - e Superman é o melhor exemplo disso. Gerações posteriores idolatraram personagens como Batman e Wolverine, que possuem um lado sombrio que os torna interessantes.
Da mesma forma, admirei Christopher Reeve por dar vida a Superman da forma que o conhecemos, e por ser um herói também fora das telas. Lembro até hoje do dia em que ele morreu, e que nos foi mostrado como o epitáfio do Superman também se adequava a ele.
Bons tempos! :-)
Um abraço!
Adelson (TD Séries)
Adelson,
ResponderExcluirRecomendo muito a autobiografia de Reeve, chamada Ainda Sou Eu. Ele conta não só sobre sua carreira, fala muito da produção dos filmes do Super, mas também narra a trajetória dele depois do acidente. É tocante!
Obrigada pela visita!
Abs
Karen
Que legal, não conheço os cinemas de Santo André, mas acredito que este é parecido com os antigos do centro de SP e da Paulista. Sua madrinha escolheu um belo filme para sua estréia no cinema.
ResponderExcluirEste detalhe de poder ficar para assistir a sessão uma segunda vez era normal, principalmente porque as salas eram bem maiores.
Era uma época bem diferente dos dias atuais.
Bjos