Disputa boa e finalmente digna no Oscar deste ano. Os favoritos A Rede Social (ARS), venceu como melhor filme no Globo de Ouro, e O Discurso do Rei (ODR), que levou o prêmio no Screen Actors Guilde e no evento do Sindicato dos Diretores dos Estados Unidos (DGA).
O ODR teria vantagem por serem os votantes da Academia de Cinena membros das duas entidades que o consagrou.
Na época do Globo de Ouro, eu torcia (sim, eu costumo torcer no Oscar) para ARS não só por ser um bom filme, mas também por ser extremamente contemporâneo e de uma forma irônica.
Ao mesmo tempo que aborda as novas mídias e formas de comunicação por meio da história do criador do Facebook, deixa evidente que a natureza dos conflitos entre as pessoas são as mesmas de sempre: traição por dinheiro e sucesso e dor de cotovelo por amor.
A Rede Social é um grande filme. Tem ótima atuação do protagonista, o excelente Jesse Eisenberg, é editado de forma eficaz - sinceramente, detesto aquela pirotecnia do Danny Boyle - roteiro inteligente e coerente. Mas é sua capacidade de repercutir que chama mais atenção: quem assistiu saiu comentando. Isto é muito bacana. E é puro espírito cinéfilo.
Para ter opinião formada, contudo, é preciso ampliar os horizontes. E conferi O Discurso do Rei. Virei a casa: ODR é mesmo um filme perfeito.
É no conjunto, como obra, que o drama sobre a luta do rei George VI para controlar sua gagueira em época onde os discursos começaram a ser transmitidos ao vivo pelo rádio, supera ARS.
Aula de atuação, tem o trio central com impecável performance. Colin Firth, Helena Bonham Carter e Geoffrey Rush parecem a realeza dos atores em cena. Do elenco geral, ressalva para Guy Pearce e seu exagero na retração do irmão que abdica o trono, Edward, para casar com uma americana divorciada. Pearce, aliás, frequentemente exagera...
Fora este detalhe, tudo é muito bem feito, desde produção artística, edição, roteiro, direção, diálogos, tudo funciona e complementa. A humanização da realeza acrescenta o fator emocional, que em um filme tão tecnicamente perfeito, pode ficar em segundo plano. E é impossível um filme empolgar sem envolver comprometimento emocional de quem o assiste.
Um filme para ver e rever e que deve se tronar um clássico, O Discurso do Rei teria meu voto.
É esperar pelo Oscar e torcer para que sua capacidade de escolhas equivocadas não se manifeste desta vez. De toda forma, entre os dois, é um duelo bem digno.
O ODR teria vantagem por serem os votantes da Academia de Cinena membros das duas entidades que o consagrou.
Na época do Globo de Ouro, eu torcia (sim, eu costumo torcer no Oscar) para ARS não só por ser um bom filme, mas também por ser extremamente contemporâneo e de uma forma irônica.
Ao mesmo tempo que aborda as novas mídias e formas de comunicação por meio da história do criador do Facebook, deixa evidente que a natureza dos conflitos entre as pessoas são as mesmas de sempre: traição por dinheiro e sucesso e dor de cotovelo por amor.
A Rede Social é um grande filme. Tem ótima atuação do protagonista, o excelente Jesse Eisenberg, é editado de forma eficaz - sinceramente, detesto aquela pirotecnia do Danny Boyle - roteiro inteligente e coerente. Mas é sua capacidade de repercutir que chama mais atenção: quem assistiu saiu comentando. Isto é muito bacana. E é puro espírito cinéfilo.
Para ter opinião formada, contudo, é preciso ampliar os horizontes. E conferi O Discurso do Rei. Virei a casa: ODR é mesmo um filme perfeito.
É no conjunto, como obra, que o drama sobre a luta do rei George VI para controlar sua gagueira em época onde os discursos começaram a ser transmitidos ao vivo pelo rádio, supera ARS.
Aula de atuação, tem o trio central com impecável performance. Colin Firth, Helena Bonham Carter e Geoffrey Rush parecem a realeza dos atores em cena. Do elenco geral, ressalva para Guy Pearce e seu exagero na retração do irmão que abdica o trono, Edward, para casar com uma americana divorciada. Pearce, aliás, frequentemente exagera...
Fora este detalhe, tudo é muito bem feito, desde produção artística, edição, roteiro, direção, diálogos, tudo funciona e complementa. A humanização da realeza acrescenta o fator emocional, que em um filme tão tecnicamente perfeito, pode ficar em segundo plano. E é impossível um filme empolgar sem envolver comprometimento emocional de quem o assiste.
Um filme para ver e rever e que deve se tronar um clássico, O Discurso do Rei teria meu voto.
É esperar pelo Oscar e torcer para que sua capacidade de escolhas equivocadas não se manifeste desta vez. De toda forma, entre os dois, é um duelo bem digno.
Eu gosto mais de A Rede Social, mas acho, que com justiça, o Discurso do Rei deve levar!...contraditório não? Duas obras muito boas!
ResponderExcluirMas é isto que faz o cinema ser legal, Tiago. Um filme pode ser inferior a outro, mas mesmo assim ter a preferência por razões totalmente individuais!
ResponderExcluirObrigada pela visita!